ÉTICA ARTIFICIAL
Inteligencia Artificial Emulando Decisões Éticas
Considerações breves
Considerações breves
Ivaldo Leite Da Silva Filho
A atividade
humana requer constantes sacrifícios voluntários pessoais e mesmo involuntários
de terceiros. A relação custo benefício, certo e errado, é frequentemente vaga.
Embora
somem-se as escolas filosóficas que tentam estabelecer parâmetros com que se
possa decidir o lícito, legitimo, certo e o ilícito, ilegítimo, errado, elas são um
tanto mais convencionadas que materiais.
Essa falta
de materialidade distancia a ideia de uma inteligência artificial, que lida com
lógica, decidir onde humanos se dividem.
Inicialmente,
a técnica de I.A.(inteligencia artificial) mais apropriada para emular ética ao decidir termos parece
ser ‘Fuzzy Logic’. Mas baseado em princípios éticos da escola ‘ulitlitarianista’,
um ‘Expert System’ parece uma opção viável, conforme discutido adiante.
I. SISTEMA ESPECIALISTA
Sistema especialista são programas que
processam informações de uma área de atuação em particular e retornam um output
justificado coerente a essa área.
Um sistema especialista pode oferecer o estado
aprovado ou reprovado de um aluno depois de receber suas notas e frequência,
enumerar possíveis diagnósticos conforme processa sintomas e características de
um paciente e seus ancestrais e tantos outros exemplos.
Sistema especialista fornece soluções práticas
a inúmeras atividade humanas. A questão é se um sistema especialista poderia
fazer escolhas em questões que eticamente dividem especialistas. Se dilemas
éticos que ainda são debatidos mas precisam cotidianamente serem resolvidos
poderiam encontrar veredicto nessa modalidade de inteligência artificial.
II. ESCOLHA DE UM SISTEMA
A inteligência artificial, embora possa emular
subjetividades e emoções de modo convincente até certo grau, continua sendo um
procedimento matemático e para que um sistema especialista funcione, é preciso
que receba parâmetros quantificáveis, valoráveis que possam passar por uma
ponderação lógica.
Das várias vertentes morais e éticas, a mais
quantificável, por atribuir valores comparáveis às coisas, seria possivelmente
o utilitarianismo. E por isso, é a nossa escolha de ‘especialidade’.
III. UTILITARIANISMO
Conforme foi dito : "A atividade humana requer constantes sacrifícios individuais e alheios. " Muitas vezes fica difícil dizer se o sacrifício é compensável pelo objetivo.
Mesmo quando aparenta não causar prejuízos, teme-se pelas consequências em
tolerar certos métodos pelo risco de inspirarem padrões de comportamento
desfavoráveis dali pra’ frente.
Ao longo dos séculos vários filósofos refletiram nos limites desses
sacrifícios dando corpo ao ramo da ética. Um deles foi Stuart Mill.
Para Stuart
Mill, o pai do utilitarianismo, a boa ação ou a boa regra de conduta
caracterizáveis pela utilidade e pelo prazer que podem proporcionar a um indivíduo
e, em extensão, à coletividade.
“Agir sempre de
forma a produzir a maior quantidade de bem-estar”
Uma das principais críticas ao utilitarianismo se dá quando é preciso
decidir qual é o maior bem estar, ou, consequentemente, o menor prejuízo. Nessa
‘equação subjetiva’, é preciso considerar o valor da vida humana frente a
outras vidas e frente a outros valores
IV. Especialista Utilitarianista
Quando a construção massiva
de uma hidrelétrica só pode fazer o uso mais otimizado de seu investimento em
uma propriedade particular – não disponível a venda - gerando energia que dê
suporte a qualidade de vida e implicações relacionados a longevidade urbana, e
geração de empregos e crescimento econômico, porem tem um devastador impacto
ambiental, é difícil decidir por qual ganho e qual prejuízo optar.
Favorável a essa construção
estariam as estatísticas de longevidade, confortos e necessidades das famílias
e das industrias proporcionados pela eletricidade acessível em preços que a
construção forneceria. Essa economia fortalecida e baixos preços de energia
gerariam inúmeros bens especuláveis, mas nunca certamente quantificáveis. Todos
ali talvez ganhassem anos a mais em suas vidas, e anos de maior qualidade.
Do outro lado, o direito à
propriedade de um possível fazendeiro que detém as terras indispensáveis a
construção e operação da hidrelétrica e a devastação ambiental são igualmente
valores impossíveis de contabilizar completamente, apenas podem ser
especulados, estimados.
O respeito a propriedade do
fazendeiro é manutenção também da propriedade do cidadão na cidade. Se for
possível construir ali sem sua autorização, tomar suas terras, essa
possibilidade seria extensível ao cidadão urbano.
Se por um lado a eletricidade
tem impacto na qualidade de vida, segurança e saúde, por outro, a preservação
ambiental também tem seu papel em todos esses valores.
Para que uma inteligência
artificial decida nesse cenário, é preciso que possa pesar na mesma balança,
medir na mesma régua a esses parâmetros.
Mas quantas arvores, ou
animais, ou ar vale a qualidade de vida oferecida por alguns milhares de watts
é imensurável. Se as vidas alongadas e preservadas somadas geram um valor fica
difícil decidir quanto ele é para comparar ao valor de direitos, danos e custos
com que foram conquistados.
É sabido que,
frequentemente, pessoas optam pelo suicídio, ou eutanásia quando expostos a
sofrimento constante, ou intenso. Ao mesmo tempo, seguem carreiras inteiras em
desconforto pela retribuição monetária, ou carreiras que oferecem risco de
vida, ou redução da expectativa dela.
Reallity shows
trocam fama e dinheiro por privação de liberdade, sofrimento e outros.
Tudo isso sugere um
certo grau de escambo entre esses bens. Para decidir essa ‘troca’ é preciso dar
‘preços’ ao sofrimento, prazer, vida. O que não pode ser feito de outra forma
se não tão subjetivamente quanto o mercado. Tal como dois tênis igualmente
uteis podem alcançar valores distintos, sofrimentos proporcionais, vidas
proporcionais talvez também.
Quando o navio
começa a afundar e não há recursos para salvar a todos, a escolha dos
sobreviventes potenciais devem levar muitas coisas em consideração.
Se vida é o bem mais
precioso, salvar os mais jovens é salvar a vida por mais tempo. Algumas
nacionalidades tendem a viver mais que outras. As mulheres, é garantir que mais
vidas descendam dali – já que menos homens podem fecundar mais mulheres. Mas um
médico especializado em um mal de grande mortalidade pode ter o mesmo efeito se
for salvo, mesmo sendo um idoso doente.
Se naquele navio
estiver um Stephen-Hawlkin, cientista cuja condição de saúde pode muito bem
impedir de aproveitar a vida, viver longamente, mas já influenciou a engenharia
em ramos tangentes a medicina, o valor dado a ele talvez devesse superar ao de
um recém-nascido que possa crescer e tornar-se um genocida. Não é possível de
fato calcular o valor de cada vida.
V. Sistema Utilitarianista
Com todas essas
vidas tendo valores incalculáveis para efeito de comparação entre si, esse
sistema especialista vai considera-las todas iguais e dará a uma vida o valor
monetário que se acredite poder, se investido em saneamento e outros bens,
aumentar natalidade e reduzir mortalidade.
A vida perdida,
multiplicada por esse valor (apurado por mera especulação), será somada ao
prejuízo monetário e a um valor estimado do sofrimento desse prejuízo – luto
pelos mortos e danos materiais , ponderados pela questão : quanto desse
sofrimento levaria alguém ao suicídio ?
O resultado disso
será comparado com os resultados obtidos por outros procedimentos possíveis. O
procedimento que gerar o menor valor será o adotado.
VI. O Jogo
O jogo vai tratar de
expor o usuário a eventos baseados em ocorridos reais e dar ao humano o poder e
oportunidade de escolher o que ser feito daquilo.
Junto a ele, o
sistema especialista fará suas escolhas. Ao fim, o jogador poderá comparar suas
escolhas às da máquina e concordar ou discordar de seu procedimento, mas
indiferente a discordâncias, a máquina obterá sucesso em causar o mínimo
possível de valores negativos na soma de mortos e prejuízos.
VII. Conclusão
Um sistema
especialista decidindo dilemas éticas é falho, e seu sucesso absoluto é impossível.
Só uma bola de cristal poderia dar ao sistema especialista as informações
exatas com que efetuar seu procedimento de decisão.
O mesmo pode ser
dito de um humano. Mas humanos talvez ofereçam um risco ainda maior, uma vez
que não são todos igualmente capazes e são maleáveis conforme suas ambições e
características.
References
Curso online de ética por Michael
Sandel Harvard disponibilizado por
Veduca.
Matirial didatico do blackboard iesb.
Aulas da professora da hora.
Segue o cerne do código desenvolvido e comentado e os resultados obtidos.
O programa propunha 10 situações e oferecia 4 reações, 'a','b','c' e 'd'.
O usuário optaria pelo que considerasse a melhor ação.
A maquina calcularia o prejuízo de cada um dos 4 itens baseando se em cálculos esboçados no código :
---------------------
class UtilThinker
{
public:
int ponderador(int vidas, int moeda, int dor ) //as questões éticas teriam números de vidas, //prejuízos materiais e humanos contabilizados.
//uma situação real requer muito mais, mas a titulo de
//exercício e experiencia, me convém simplificar
{ vidas=1000000*vidas; dor=dor+(vidas/8);
return(vidas+moeda+dor); //relação entre vidas perdidas, prejuizo material e sofrimento humano do evento }
};
----------------------
Uma outra classe torna a de menor numero a escolha da maquina.
Seguem as questões resumidas, em destaque , as escolhas da máquina.
(...)Em construção
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Segue o cerne do código desenvolvido e comentado e os resultados obtidos.
O programa propunha 10 situações e oferecia 4 reações, 'a','b','c' e 'd'.
O usuário optaria pelo que considerasse a melhor ação.
A maquina calcularia o prejuízo de cada um dos 4 itens baseando se em cálculos esboçados no código :
---------------------
class UtilThinker
{
public:
int ponderador(int vidas, int moeda, int dor ) //as questões éticas teriam números de vidas, //prejuízos materiais e humanos contabilizados.
//uma situação real requer muito mais, mas a titulo de
//exercício e experiencia, me convém simplificar
{ vidas=1000000*vidas; dor=dor+(vidas/8);
return(vidas+moeda+dor); //relação entre vidas perdidas, prejuizo material e sofrimento humano do evento }
};
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Uma outra classe torna a de menor numero a escolha da maquina.
Seguem as questões resumidas, em destaque , as escolhas da máquina.
(...)Em construção
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